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sexta-feira, abril 01, 2011

Brasil PARE de mostrar essa tua CARA.

Fico impressionado com a "falta"de vergonha na cara de meus compatriotas. É de conhecimento popular (pelo menos daqueles que me leem, e que me conhecem) o quanto sou crítico e partidariamente nostágico em relação à conceitos sociais, musicais, políticos, e por ai vai.

Definitivamente, não sou do tipo que acredita em "menos pior é melhor do que nada", não suporto moleque dizendo que "um papelzinho não vai fazer diferença", não defendo "discurso pseudo socio-cultural de alguns que são conta a homofobia ou racismo". Muitos já me chamaram de "8 ou 80". EU quero o que deve ser melhor, SOU contra QUAISQUER lixinhos jogados no chão e NÃO SOU homofóbico nem racista, PONTO, sem frescura ou babozeira, simples assim. Discurso meia boca ou da boca pra fora, me enraivece. Além de "8 ou 80" constumo ser grosso ou sem paciência para o que é óbvio, idiota e ignorante, mas, CLARO, não sou perfeito, pois tenho meus momentos de grosseria, estupidez e impaciência com os que NÃO poderia ser, sem esquecer, TAMBÉM, que erro demais com aqueles que MAIS AMO. Ok, mas o lance é, NÃO FAÇO E NÃO CONCORDO, com aqueles do menos pior, do papelzinho e do pseudo discurso moralista e isso é que importa nesse contexto.

Agora vamos MESMO ao que interessa aqui. Li a reportagem do Cláudio Manoel na Revista Alfa desse mês (a mesma em que descobri algo que me relaciona ao Eike Batista - Coca e Vinho) e lá ele discursava sobre a nossa brasilidade CULPADA por sermos e termos o Brasil que existe por aqui. Curti muito o que ele escreveu e decidi dar minha opinião sobre isso também.

Reclamar dos nossos governantes (pelo menos 99% das pessoas que conheço reclamam) é algo recorrente e já CHATO, mas o que o brasileiro faz quanto a isso, NADA, digo, faz sim, vota no Tiririca (não sou conta o Tiririca, mas sou contra ele exercendo poder legislativo, já que ELE MESMO disse que não sabia o que teria que fazer) e nos ficha suja, que AINDA vampirizam por ai, sugando a energia vital dos que acreditam neles.

Por que camarada reclama se ACABA elegendo sujeito filho de uma boa mãe (não xingo MÃE) ou por que não mudamos nosso modo de agir?
O jeitinho brasleiro, que ETERNIZOU nossa forma de viver é o VERDADEIRO culpado por tudo que acontece por aqui. Desde o playboy que se safa da justiça quanto o proletariado que reclama de TUDO no Procon (sério, acredito que existam reclamações EXDRÚXULAS demais).

ERROU muleque, RESPONDE pelo erro.

O ficha limpa NÃO entrou em vigor porque ia de encontro a um artigo em nossa constituição. Pois é, eu fiquei PUTO, mas que, ENTÃO, TODOS no Congresso, Tribunal de Justiça e O POVO, SIGAM o que a justiça brasileira determina e o que NOSSA constituição, democrática e existente desde as "Diretas Já", consagra.
O brasileiro quer um Brasil sem políticos corruptos, mas o próprio povo É corrupto, o próprio povo tem seu jeitinho de se aproveitar e de tirar proveito de alguma coisa.
Muita gente fala que ladrão de galinha não deveria ser preso, eu comungo, em partes, dessa opinião, acredito que o sistema penal e carcerário do Brasil É uma bosta, mas o cara errou, roubou, ele TEM que responder pelo erro e nesse momento damos de frente com a eloquência brasileira (mas não é só aqui). O cara que roubou comida, não tem direito$ de ser julgado JUSTAMENTE e vai se ferrar com presos de maior periculosidade (e é aqui que encaixa minha opinião de que ele não deveria ser preso). O lance aqui é que a justiça NÃO é tão justa quanto deveria ser e os menos favorecidos se lascam (MESMO) pois NÃO conseguem colocar o jeitinho brasileiro, da impunidade, em ação. Como disse, o cara errou e tem que pagar pelo erro, mas, por favor, que seja de forma JUSTA.

Outra coisa que entra em consideração e tem que ser ressaltada (assim como no texto do Claudio Manuel) é que educação NÃO determina melhor ou pior, educação NÃO separa os conscientes dos que estão cometendo erros, pois quantos "bons cidadãos não dirigem totalmente embriagados ou acham que sinal vermelho é coisa para otário?". Eu, por exemplo, dentro dos meus 8 anos de carteira de motorista, já tomei 8 multas por excesso de velocidade e já paguei TODAS, sem ficar recorrendo ou coisas afins, pois EU ERREI. Não vou me defender, e apenas digo que TENHO que melhorar isso, pois ficar pagando pro governo algo que poderia ser investido em outra coisa, é uma MERDA. Já não tomo multa há um bom tempo e isso irá continuar assim, pois meu bolso agradece.

O brasileiro é o maior e o principal responsável pela forma que é tratado e aqueles que reclamam, muitas vezes são exatamente os que erram junto. Como reclamar do vizinho que faz festa até às 03:00 da madruga se você deixar água acumulada pra MERDA do mosquito da dengue? Como cobrar do outro não gastar água a toa se você não não respeita as leis de trânsito?
Povo de todo o Brasil uni-vos em prol de se tornar um povo mais verdadeiro, justo e honesto consigo mesmo. Se quer melhorias, seja um povo melhor.

terça-feira, março 31, 2009

Entender = Concordar ???

Será que entender é o mesmo que concordar?
É possivel uma pessoa discordar sem entender?
E uma pessoa concordar sem entender, também seria possível?
Em filosofia, é preciso entender o autor antes de criticá-lo, o que às vezes não acontece num curso de filosofia. Muitos começam a discordar antes mesmo de entender completamente o que o autor está dizendo em sua obra.

Mas o que é mesmo essa coisa de entender?
E o que isso tem haver com concordar?
É preciso haver uma espécie de entrega de si ao ler um texto de um autor, compreender a sua singularidade, para então depois colocar a sua.
Bem, certa vez um aluno perguntou ao seu professor se ele conseguiria entender os motivos pelo qual está para suicidar. E se o professor o entender ele teria que concordar com o aluno que o melhor a se fazer era o suicídio, legitimando assim o ato.
Ora, o professor era contra a idéia de suicídio, mas ele conseguiu entender bem os motivos do aluno. Mesmo assim não poderia dar o aval para uma idéia dessa.
Eu vejo que para casos como este é preciso pensar bem antes de responder.
O fato é o que o aluno está demonstrando ao professor é que A+B (como um dado contexto vivído pelo aluno) é igual a AB.
E AB é igual a C, e C neste caso é o suicídio em si.
Se ele viveu o A, e em seguida o B, logo C era o resultado e assim o professor legitimaria um futuro acidente. Correto, A+B = AB, que por sua vez AB é igual a C. E que porém C não é a única "saída". AB é igual C, mas existe uma escolha entre AB ou C onde somente o sujeito pode fazer esta escolha. O que é melhor, AB ou C? Para respoder, faremos outra pergunta: O que é bom? O que mal? Pensamos diferente uns dos outros. E não sabemos se o que é bom para um também o é para outro. A escolha é subjetiva.
O indivíduo pode ser apenas AB sem que seja C, ou seja, uma espécie de escolha em viver mesmo tendo motivo lógico para o suicídio.
É possível entender racionalmente os motivos para o suicídio mas daí em concordar com o mesmo é uma particularidade do sujeito, entender a subjetividade não o mesmo que concordar com ela. Depende de uma série de valores e códigos que a pessoa adquiriu no decorrer de sua vida
Por isto a dificuldade da convivência nos dias de hoje. Temos que entender as singularidades.
Entender que cada um é cada um, e todos tem seus motivos para fazer as coisas.
Antes de concordar ou discordar é preciso entender o outro e o que ele está dizendo. Entendeu?
Agora que entenderam, deixo a vocês uma perguntinha: E todo suicídio, é lógico?

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Enquanto os tubarões comem...

Meus amigos é com imenso desprazer que deixo aqui expresso minha indignação pela péssima proposta educacional que as Secretarias do Estado de Minas Gerais veem desenvolvendo. O ensino público está piorando cada vez mais e a culpa senhores, não é dos alunos.
Bem, o nosso atual governador Sr. Aécio Neves aprovou uma lei ano passado onde os professores que estiverem em cargos designados pelo Estado seriam efetivados. Isto para demonstrar um aumento na prestações de contas do Estado. O fato é que essa Lei deveria ser caducada este ano, e nao foi. Agora os professores que foram efetivados pela Lei 100/2007 são efetivos e têm direito as vagas de designação nas escolas do estado.
O buraco maior se dá pelo fato que as aulas de Filosofia e Sociologia que segundo a Lei José de Alencar/2006 são obrigatórias nos três anos do ensino médio, estão sendo distribuídas nas Escolas para os professores efetivos.
Ou seja, em algumas escolas houve o acréscimo das disciplinas pela Lei Federal, mas ao mesmo tempo os profissionais estão lecionando com título precário, chamado CAT (Autorização Precária para Lecionar). E infelizmente com essa autorização há uma banalização onde todos aqueles que cursaram curso superior e obtém 120 horas no currículo sobre essas duas disciplinas(Filosofia e Sociologia) podem lecionar estes conteúdos. E nós profissionais da área, professores habilitados em Filosofia e Sociologia, estamos desvinculados das escolas, principalmente porque o Governo do Estado quer diminuir o custo com professores, e isso acarreta ao mesmo tempo uma qualidade educacional precária. E agora, como se não bastasse, os professores efetivos podem lecionar até três disciplinas diferentes na mesma escola, se houver vaga e se o professor tiver a autorização para lecionar estas disciplinas (olha o CAT aí de novo). Bastando apenas o professor efetivo levar seu histórico comprovando que teve pelo menos 120horas de filosofia ou sociologia no currículo, o que equivale exatamente a duas disciplinas nesse conteúdo em qualquer curso de gradução, e retirar o seu CAT para lecionar as matérias que “aumentaram” na escola. E nós, professores habilitados, só nos resta mesmo esperar. Temos que esperar que as vagas sejam preenchidas por professores NÃO HABILITADOS, e ficar olhando, para então após a festeja ignorante de acúmulos cargos, comer os restos que os tubarões deixam cair.

terça-feira, dezembro 30, 2008

Ensinar, Lecionar, Educar

Passar conhecimento, transmitir saber, ministrar lição, objetivos que devem ser seguidos somente por aqueles que acreditam que instruir alguém é uma forma válida de transformação humana e de mundo.

Na metade de minha vida - aos 15 anos, me orgulho muito de ter 30 anos, idade fascinante, pela minha concepção, claro - tive alguns dos momentos mais transformadores que já pude viver. Em verdade tenho que esclarecer um mínimo detalhe que auxilie no quesito situar. Tal época ocorreu na década de 90, lá por entre os anos 93 e 96, entre meus 14 à 16 anos. Foram os dois anos mais reveladores, conturbados, turbulento da minha vida. Ok, hoje em dia vivo momentos assim também, mas naquela época, eu ainda não sabia me relacionar com situações tão diversas.

Com essa idade iniciei meu interesse pela filosofia e me deparei com a idéia infindável de me tornar professor, levando o conhecimento à fronteira final, indo aonde nenhum homem tinha ido antes, revelando sabedoria à uma humanidade carente de um direcionamento revelador e que pudesse apaziguar os corações intolerantes daqueles que esquecem da existência de indivíduos sem muita instrução.

Pois bem, já havia estudado os gregos, me inteirado da filosofia no ensino médio ou mesmo de trechos que aprendi na história, mas, de uma hora para outra lí um gibi do batman. (perguntas permeiam a cabeça do leitor). Apolo e Dionísio foram-me apresentados por um super-herói chamado Metamorfo e eis que o nome Nietzsche é citado. Até então não tinha sido atingido tão ferozmente na boca do estomago, até então não tinha sido socado nos rins.

Deixaremos essa história para alguma outra, mais oportuna, eventualidade qualquer.

Eu já tinha assistido entusiasmado ao filme Sociedade dos Poetas Mortos, já tinha me admirado com minhas convicções comunistas, já havia me maravilhado com o amor à sabedoria, já havia me emocionado com Buda e Francisco de Assis. *Estalo*. Quero ser um professor que propicie aos alunos, a busca de um questionamento constante contra as mazelas causadas pela corrupção de um sistema econômico e político desigual, que instigue tais alunos a encontrar o caminho do conhecimento, tanto a priori quanto a posteriore, que eu possa auxiliar na constante busca pela harmonia franciscana e o trilhar do caminho do meio budista.

Lecionar é uma tarefa árdua, as vezes até ingrata, é um exercício diário, constante, incessante de humildade, paciência, glória e pesquisa.

Lembro-me que na faculdade tive uma professora que disse algo que não mais saiu da minha cabeça. “– Quando um aluno mediano ou mesmo ruim, que sempre tira notas 60, 65 ou menos consegue tirar uma nota 70, 80, isso deve ser considerado como uma evolução e devemos ficar alegres por ele. Quando um aluno que sempre tira 80, 90 continua com essa média, não devemos considerar isso bom, já que não houve evolução”.

Tenho tentado considerar esse esclarecimento dela a cada avaliação que faço, a cada conversa que tenho com meus alunos.

Dizem que, de acordo com a base da palavra, alunos são aqueles que não tem luz. Nós professores devemos guiar esses sem luz para o caminho da iluminação, da ilustração (Aufklärung - Kant), do esclarecimento, do conhecimento, da cognição.

Em minha experiência como professor, tenho observado a existência de diversos espécimes caracterizantes do grupo disciplinário. Posso considerar que é quase absurda a quantidade diferencial existente entre tipo de aluno, mas aqui cabe um dado paradoxal. Essa diversidade que eu digo observar pode ser contrariada por outras pessoas, que não acreditam numa diversidade tão grande, pois caracterizam grupos de alunos com perfis idênticos.

O indivíduo aqui pode ser sim, e deve ser, percebido separadamente. Eu consigo observar identidades similares entre alunos, consigo perceber alguns aspectos bem familiares com colegas de minha infância, e como posso, mas prefiro tratar tal faceta como algo particular, pois aquilo que parece nem sempre é.

Obrigado e até a próxima.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Liberdade

O que é ser livre num mundo globalizado, onde o que importa é o ter, o que o ter tem a ver com liberdade, tudo, já que quanto você tem algo, acaba preso nesse ter e acaba querendo ter mais. Aponto um exemplo particular de quando me mudei para BH. Não tínhamos tv a cabo aqui em casa, mas vivíamos muito bem sem ela, já que quando não tinha nada de interessante na tv, fazíamos algo diferente do que trocar de canal até encontrar algo para assistir. Não tínhamos Internet, mas eu ia dormir mais cedo ou ficava horas em meu quarto escrevendo meus “livros”. Hoje tenho uma estrutura muito boa formada de oportunidades, mas estou preso a ela, nada de outra coisa tenho feito, lógico que isso acontece comigo e não estou dizendo que é algo que acontece com muitas pessoas, e não posso generalizar, mas o mundo moderno tem podado algumas coisas boas sim, as facilidades cotidianas fazem parte da realidade geral do mundo e acontece algo nesse sentido com cada ser vivente.O conceito de liberdade é bastante amplo, e tem apresentado variações, até discrepantes, no decorrer da história humana. Kant por exemplo, dizia que todos eram livres quando sua vontade era de acordo com a máxima universal, que sua vontade era boa quando seguia a lei moral, mas ai se observava, obviamente que se era obrigado seguir essa máxima, essa lei universal para ser livre, era o que Kant apontava estar presente naquilo que ele chamava de imperativo categórico. Imagine algo imperativo... categórico... conter o sentido de liberdade...Pois é.Todos os homens têm seu conceito de liberdade, mas até quando essa liberdade pode ser distinguida naquilo que chamamos de direitos e deveres. Acredito que todos necessitam mesmo de que sua vida esteja circulada de direitos e deveres, pois, imagina até que ponto conseguiríamos viver em “harmonia” sem que eu tivesse o dever de aceitar o direito do outro. Hoje, nem com esses conceitos, vivemos essa harmonia de forma pacífica e proveitosa, imagina sem que nada disso existisse.Aqui no Brasil, dizem que somos agraciados por votações livres e democráticas, mas somos obrigados a participar dessas votações. Dizem que somos livres para votar e escolher o que quisermos, mas somos obrigados a escolher quem se apresenta ou obrigados a escolher alguma coisa, até quando não nos identificamos com ninguém e ai aonde se encontra nossa liberdade?

quarta-feira, outubro 25, 2006

O subliminar atraves do som

"As emoções de toda espécie são produzidas pela melodia e pelo ritmo: através da música, por conseguinte, o homem se acostuma a experimentar as emoções certas: tem a música, portanto, o poder de formar o caráter, e os vários tipos de música, baseados nos vários modos, distinguem-se pelos seus efeitos sobre o caráter - um, por exemplo, operando na direção da melancolia, outro na da efeminação, um incentivando a renuncia, outro o domínio de si, um terceiro o entusiasmo, e assim por diante, através da série"(Aristóteles)
A partir de agora você poderá observar alguns trechos de musicas invertidas onde perceberá o mundo do backward masking, uma técnica usada por músicos e publicitários, para inserir mensagens subliminares em músicas e jingles. A técnica Backward Masking, se resume em colocar mensagens invertidas em musicas, sendo assim, elas somente serão perceptíveis se a música for executada ao contrário.
Jessé A música chamada "Estrela Reticente" quando escutado normalmente se houve a seguinte frase "aaaa ai coração que sabe a ferida ... ai ai ai coração pari parida...." , porém quando executada ao contrário se ouve-se nitidamente a seguinte frase "Ah, satanás, diabo, rei, senhor, meu irmão..."
Alceu Valença Na música "Anunciação", quando executada ao contrário, ouve-se duas mensagens:
1ª primeira:"Tudo isso nós dois.... Domingo de manhã vamos sair e curtir....Anjo sujo é Jeová.
2ª segunda:"Servo, Servo"
Beatles No final da música "Rain", percebe-se palavras embaralhadas, mas quando executada ao contrário, constata-se que somente são trechos da música.
Claudinho & Buchecha Na música "Uma noite e meia", quando executada normalmente no trecho ouve-se várias vezes "uma noite e meia virando sereia", porém quando xecutada ao contrário ouve-se "Arere é sangue, arerê é do diabo".
Def Leppard Uma das mensagens mais nítidas é a que há na música "Rocket", quando executada ao contrário, percebe-se em vários trechos a frase: "we're fighting with the gods of war" ( "Estamos lutando com os deuses da guerra").
EaglesNa conhecidissima música "Hotel Califórnia", quando executada ao contrário, ouve-se frases de cunho religioso fazendo referências ocultistas, sendo que uma delas é a seguinte frase: "Yes Satan" ("Sim Satanás").
Engenheiros do Hawai Se você ainda tem dúvidas quanto as mensagens subliminares, então preste atenção. Na música "Ilusão de Ótica", quando executada normalmente no trecho ouve-se " Olha, não roda assim, não gosto que rode assim....", porém quando executa ao contrário, ouve - se o seguinte: "Por quê você está ouvindo isto ao contrário, o que você está procurando, hein?
Encontrada também na música "Era um garoto que como eu" do engenheiros mensagem. No trecho normal ouve-se "Mas uma carta sem esperar" porém quando se executada ao contrário ouve-se "Ah, eu sei, é satanás no céu".
George Harrison Quando você ouve a música "My sweet lord", você pensa que ele está falando de Jesus, porém se você prestar atenção, o coral repete no fundo, "hare krishna" (deus hindú).
Gabriel o Pensador Na música "lôra Burra", no trecho "lora bura, lora burra, lora burra...", quando executada ao contrário encontra-se a seguinte mensagem: "Raul falou, Raul falou, Raul falou... do diabo, espaçonaves...". Estaria ele fazendo menção a obra de Raul Seixas?
Iron Maiden Na música "Still Life", Onde o baterista Nico Mcbrain pronuncia em dialeto rasta a frase: "what ho sed de t'ing wid de t'ree bonce" ("o que disse o monstro de três cabeças") e em inglês "don't meddle wid t'ings you don't understand" ( "Não brinque com coisas que não entende").
Led Zeppelin Na mais famosa música da banda, "Stairway to Heaven", foram encontradas várias mensagens:
1ª primeira : "Oh it's my sweet Satan" ("Oh, é meu doce satanás").
2ª segunda : "The one will be the path would make me sad whose power is Satan" ("Único será o caminho que me deixará triste, cujo poder é Satan").
3ª Terceira : "wish it would snow" (Eu gostaria que nevasse").
4ª Quarta : "Six,six,six" ("Seis,seis,seis").
Na música "Over the Hills and Far Away" (Led Zeppelin), quando executada ao contrário, pode ser ouvida a seguinte mensagem: "Satan's really lord" ("Satanás realmente é o senhor").
Legião Urbana Na música "Pais e Filhos", no trecho "..Fugir de casa, posso...", quando executado ao contrário, ouve-se a mensagem: "...satanás aqui..."
Menudos Na música "Não se reprima", no trecho em que se repete várias vezes "não se reprima", quando executado ao contrário ouve-se várias vezes "satanás vive".
Na música "Empty Spaces", quando executada ao contrário percebe-se a voz de Roger Waters falando : "Congratulations, You have just discovered the secret message. Please send your answer to 'Old Pink', Care of the funny farm, Chalfont..."( " Parabéns, Você descobriu a mensagem secreta. Por favor envie sua resposta para o Velho ' Pink' , aos cuidados da engraçada fazenda , Chalfont...").
Na música "My Darling Nikki", quando executada ao contrário, percebe-se um coral evangélico cantando sendo que um dos trechos diz: "Hello? How are you? I'm fine, cause I know the Lord is comming!" ("Olá, como vai? Eu vou bem, pois sei que o Senhor está vindo!"
Roberto Carlos Na música "Guerra do meninos", no trecho "...Vi minha esperança na voz de um menino que sorrindo me acompanhava...", quando executado ao contrário ouve-se a 1ª mensagem e no trecho ..."onde já marchavam mais de cem....", quando executado ao contrário, ouve-se a 2ª segunda mensagem.
1ª primeira - " ...O inimigo sim, o mínimo Jeová, essa legião inimiga..."
2ª segunda - " ...E esse diabo vai chamar de novo..."

Raul Seixas Na música "Maluco Beleza", quando executada ao contrário, ouve-se nitidamente a seguinte mensagem: "Ih, Jesus tá f....... !".
Na música "Mosca na Sopa", que na verdade é "1 ponto" ou uma cantiga do candoblé e que foi gravada em um terreiro, quando executada ao contrário percebe-se duas mensagens:
1ª primeira: Ele sussura por duas vezes a palavra diabo.
2ª segunda: Ele pronuncia a frase : "Ouça o sinhô zumbi, ai......ocê"
Xuxa Na música "Meu cãozinho xuxo", quando executada ao contrário, ouve-se a seguinte mensagem: "Meu Anjo é o Diabo e o mundo tem que ter esse seu amor que recebo".
Na música "Marquei um X", observe que ela fala três vezes o X (Xis), ou seja, Xis, Xis e Xis, considerando que Xis invertido é Six (Seis em inglês), teremos Six, Six e Six. Esta mesma música quando executado ao contrário, ouve-se a seguinte mensagem: "Jesus é exu, exu é rei".
Na música "Doce Mel", quando executada ao contrário, ouve-se a seguinte mensagem: "Adore Hare Krishna (deus hindú), afronte Javé".
Zélia DuncanNa música "Minha fé", no trecho "a minha fé........espero me quero...", quando executada ao contrário encontra-se: "e é macio saber que os vazamentos nem suja a mão e assusta mais..."
KLB Na Música "A cada Dez Palavras" do KLB no trecho onde ouve-se "Faz tanto tempo que venho te seguindo, conheço passo a passo", quando executada ao contrário encontra-se: "O Sapo Sapo Senhor......Foi rico em Petulância".

Visitem também meu site: http://www.rafaelfonseca.tk

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Má velha (antagonismo)*

*Texto originalmente publicado no meu blog


E justo na época em que mais se diz claramente a boa nova, aqui estou eu, desinteressado, frustrado, chateado, e cansado de tanto blá blá blá sem nexo e sem razão.

O mundo deveria ser justo, sim, deveria; ainda mais na época do nascimento do SOTER, o que me impressiona é a cara-de-pau da instituição maior que nega a própria ARKÉ!

Minha nossa, o que me faz ficar nessa que é a maior de todas as empresas do mundo?

Eis que o desespero começa a tomar conta de mim, eu que não me afirmo nem me nego perante questionamentos que ainda nem foram feitos.

Os tempos mudaram, as propriedades mudaram, mas as pessoas, as que mais deveriam mudar, não! Essas estão cada vez mais iguais, cada vez mais medievais (no sentido totalmente pejorativo que essa palavra tem).

Feliz o quê mesmo que se diz?

quarta-feira, outubro 26, 2005

A subjetividade da liberdade

Interessante é que ontem fui notar que talvez a diversidade esteja na subjetividade, pois pensando assim, eu posso explicar que a liberdade é um ato subjetivo que tende a um objetivo; não um mero objetivo qualquer, mas um objetivo diverso, que tenha vários significados e várias interpretações.


As escolhas de alguém têm que ser baseadas em condições subjetivas e nunca em fatos objetivos.

quarta-feira, setembro 28, 2005

Causo

*texto extraído do meu blog.

Não me queiram mal, meus inimigos, é que não há diálogo possível acerca da falsidade de cada um de vós. Eu que não sou entendedor profundo de coisa alguma, mesmo assim, tenho cá meus jeitos, meus pensamentos, minhas manias, que muito me aprazem, mas de fundamentadas e explicadas logicamente, ou quem sabe “Hegelianamente”, não têm nada. Percebi que viver tentando explicar as coisas nos seus pormenores é muito cansativo e, convenhamos, não há quorum, e nunca haverá; porém, uma coisa que sempre vai existir nesse mundo, são os amigos do amigo do chefe da empresa que necessariamente optam por não ter opinião e sempre, mas sempre mesmo, concordam com tudo que se diz e se escreve sobre o que quer que seja. Estão vendo? Eu não posso ser assim, minha vaidade, ou melhor, minhas manias vaidosas me são muito estimadas, e eu as respeito por demais para jogá-las ao vento tão facilmente. Ah! Cansei. Depois nós conversamos, pois o meu bonde já aponta lá na esquina e ainda nem tomei meu café, outrossim, há visitas em minha residência, e a educação manda que não se demore muito fora de casa quando se saiu (em teoria) apenas para comprar o pão.

terça-feira, setembro 20, 2005

A filosofia é pop, mas não pode ser burra

Mensagem: 1
Data: Mon, 19 Sep 2005 18:25:50 +0000 (GMT)
De: Paulo Ghiraldelli Jr
Assunto: A filosofia é pop, mas não poder ser burra

A filosofia é pop, mas não pode ser burra

Filosofia no "Fantástico", do modo que está, é burra. É tudo, menos filosofia. Filosofia em manuais é necessário. Mas em manuais toscos, é o que menos precisamos.
As pessoas procuram a área de filosofia. Sim, procuram. Há a idéia de que o filósofo, de todos os que transitam nas Humanidades, é o que é melhor formado, o que "restou" de uma "época de ouro" no ensino brasileiro. Em parte isso é verdade. Quem procura a filosofia o faz por motivos estritamente ligados ao saber, à curiosidade, então, em geral é alguém que lê, que leva a filosofia a sério. Mas é tolice pensar que só por isso qualquer um que fez o curso de filosofia ou que escreveu algo em filosofia pode fazer divulgação filosófica de modo correto.
A divulgação em filosofia demanda um filosófo mais bem preparado que o filósofo que faz pesquisa no mundo acadêmico. Os grandes filósofos foram os melhores divulgadores da filosofia. Descartes, Sartre e Rorty - todos eles, para não citar um bocado de outros, fizeram textos de suas filosofias para o grande público. Tiveram sucesso nisso.
Uma coisa é dar palestrinhas que criam a "sensação subjetiva", em quem assiste, de que se está aprendendo filosofia ou, pior, se está filosofando, outra coisa é gerar uma forma de exposição clara, didática, mas correta, que realmente coloca quem assiste no rumo da filosofia. Há quem pesquise e escreva sobre filosofia, mas não possui maturidade intelectual para divulgar filosofia de modo eficaz e correto. Há quem divulgue, mas não seja realmente bem ilustrado e profundo para isso.
Os países que democratizaram o seu ensino de um modo geral são os que conseguiram gerar filósofos capazes de textos de profundidade e, ao mesmo tempo, textos de divulgação ou de "formação". Os Estados Unidos são um exemplo disso, hoje, mais que os europeus.
Os norte-americanos fazem muitos manuais bem feitos. Fazem programas na TV, de filosofia, que são bons e para um grande público. No Brasil os manuais apenas repetem uma velha e cansativa história da filosofia que leva à falsa erudição. E o que se faz na TV sobre filosofia, mesmo nos canais culturais, parece ou um repeteco de aulas bem cansativas e sem qualquer objetivo ou, então, são o "samba do crioulo doido" do Fantástico.
Pessoas repetindo "é melhor ser que ter" ou "o pensar liberta" é o que resulta do Fantástico. Pessoas criando frases como "o neoliberalismo e a globalização condenam todos nós" para colocar em dissertações e teses de uma academia que exige títulos sem conhecimento é o que resulta das aulas das TVs culturais.
Estamos sem jornalistas culturais sérios. Falta no mercado bons professores de filosofia que saibam usar a filosofia, que saibam colocá-la nas mãos das pessoas sem que isso se transforme em bobagem de auto ajuda. No momento que estamos vivendo, que é a época onde os "filósofos brasileiros" recomendados viraram papagaios de pirata - ou de FHC ou de Lula - e não enxergam um palmo na frente do nariz, é fácil que um bando de imbecis venha a dizer que "a questão do ser" é importante - na TV. É marmelada. O Chacrinha filosofava melhor.
As escolas de filosofia deveriam começar a se preocupar com o jornalismo cultural, também na área de filosofia. Todas as faculdades de filosofia deveriam pensar seriamente nisso.

Paulo Ghiraldelli Jr. é filósofo e autor de Caminhos da filosofia (Rio de Janeiro: DPA, 2005). Copordenador do GT-Pragmatismo da Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia (ANPOF).

quarta-feira, agosto 17, 2005

MUDAR

Seja bem vindo Everton!
Parabéns pelo post!
Muito bem redigido, bastante historico e pertinente ao assunto que nos mais apraz neste século: A mudança de paradigmas e a estagnação do paradigma cartesiano.
Concordo com você, pois precisamos dessa mudança e acredito que desde por volta de 1927 o conceito racionalista cartesiano está por definhar em meio a sociedade ocidental.
Temos agora no seculo XXI a volta da retórica, mas não a retorica classica, retorica como dialética e forma de argumentação. Dando uma visão mais pragmatica á filosofia e colocando-a no campo da possibilidade, no horizonte do verossimil.
Reafirmo: vemos o fim da metafisica e a ética e precisamos fazer algo para que a filosofia não morra.
Mudar os paradigmas?
Talvez?
Mas sim : MUDAR!
Um abraço a todos!

terça-feira, agosto 16, 2005

O salto paradigmático

Desde o advento da ciência moderna, a concepção de mundo reducionista tem prevalecido não apenas no que diz respeito á experimentação científica, mas igualmente ao comportamento e a cosmovisão de toda a sociedade ocidental. Ela tem sido nosso “credo”, a base de nossos pressupostos teóricos durante anos. A revolução de 1500-1600 não apenas afetou todos os campos da ciência como também mudou as técnicas de investigação, os objetivos estabelecidos pelo cientista e o papel que cabia à ciência desempenhar na filosofia e na própria sociedade. Foi uma modificação geral no modo pelo qual o homem via a si mesmo e a realidade externa, e não apenas uma transformação do pensamento científico.
Com a revolução copérnica da astronomia, e a derrocada da visão de mundo aristotélica, o elementarismo insurge contra a filosofia escolástica e seu método dedutivo, doravante, partindo dos elementos para o todo. Consoante o desenvolvimento dos vários campos científicos existentes, surgem novas disciplinas, e assim a física matemática toma corpo, através das idéias de Issac Newton.
Na filosofia, o Discurso do método de Descartes, levara os homens de sabedoria a repensar os fundamentos de toda uma época, possibilitando o surgimento de novos paradigmas.
Estabelecido, a princípio, pelas idéias de Newton e René Descartes na física e na filosofia, o reducionismo mecanicista preconizara um universo estático, sustentado por leis da mecânica e explicado como tal. O mundo físico, assim como uma máquina, seria descrito a partir de seus componentes básicos os quais, acreditava-se, responderiam pelo conhecimento do todo. A ampla aplicabilidade do novo método em favor do desenvolvimento científico, levara as ciências humanas a tomá-lo como modelo, não obstante as diferenças, no uso de pressupostos semelhantes. O físico Fritjfof Capra oferece-nos mais detalhes:

“Desde o século XVII a física tem sido o exemplo brilhante de uma ciência ´exata´, servindo como modelo para todas as outras ciências. Durante dois séculos e meio os físicos se utilizaram de uma visão mecanicista de mundo [...] visto como uma profusão de objetos separados montados numa gigantesca máquina. ...acreditava-se que os fenômenos complexos podiam ser sempre entendidos desde que se os reduzisse a seus componentes básicos e se investigasse os mecanismos através dos quais esses componentes interagem [...]. As outras ciências aceitaram os pontos de vista mecanicista e reducionista da física clássica como a descrição correta da realidade [...]. Os psicólogos, sociólogos e economistas, ao tentarem ser científicos, sempre se voltaram naturalmente para os conceitos básicos da física newtoniana (Capra, 1987, pág.44).

A visão de mundo arcaica tornara-se um engodo. De fato, a dedução, e não o experimento determinara, por séculos, o que deveria ser aceito quanto ao mundo natural e seus processos. A curiosa noção de testar a teoria empiricamente ainda não tinha adquirido raízes. Não é para surpreender, portanto, o fato de que a tecnologia avançasse tão lentamente no período medieval.
Os filósofos iluministas recusaram-se veementemente a formular hipóteses de cunho metafísico sobre a natureza, como o era na idade média. “O programa do iluminismo era o de livrar o mundo do feitiço. Sua pretensão, a de dissolver os mitos e anular a imaginação por meio do saber” (Adorno, 2005, pág.17). O Teocentrismo cedera lugar ao império humano; a renascença reflorescera o antropocentrismo grego, e Deus, tal como uma muleta, fora abandonado pelo caminho. Nos dizeres de Voltaire, em sua peça Édipo:

“Confiemos em nós mesmos, olhemos com os nossos próprios olhos; Sejam estes nossos oráculos, nossas trípodes e nossos deuses” (citado em Durant, 1962, pág. 200).

O mundo escolástico fora soterrado pelo desenvolvimento mil vezes mais seguro e mais palpável dos telescópios, da navegação e do espírito racional. Era possível agora calcular, pesar, medir e observar. O empirismo invadira o mundo científico e a mensuração, a objetividade e a experimentação pragmática, tornaram-se os marcadores indeléveis de um novo tempo, uma nova sociedade, sustentada pela fé no cientificismo. O espírito moderno, como que numa contra-reação ao holismo medieval, restringira-se aos fatos, aos dados empíricos, e por meio deles formulara suas teorias indutivas. Cada homem de ciência definira seu escopo, se a física, se a biologia, se a medicina, etc. fragmentando-se e afastando-se da idéia de totalidade. Mas ao mesmo tempo, curiosamente, mantinha-se aceso o sonho manifesto de, através de um mínimo ponto, abranger todo o universo. Nas palavras de Will Durant:

“O conhecimento humano tornou-se muito grande para a mente humana. O que ficou foi o especialista científico que ´conhece mais e mais a respeito de menos e menos`. [...] O especialista armou-se de viseiras para restringir o campo da visão; some-se o mundo para que fique um pontinho só a esmiuçar. [...] ´Fatos` substituíram a compreensão; e o conhecimento, cindido em mil partes isoladas, não mais deu como resultado sabedoria. Cada ciência e cada ramo da filosofia geraram uma terminologia técnica apenas inteligível para os iniciados; quanto mais o homem aprendia sobre o mundo menos se achava apto a exprimir aos outros a coisa que tinha aprendido” (Durant, 1962, págs. 5 e 6).

A especialização trouxe um avanço nunca antes esperado. O uso a esmo da matemática e do método estatístico, bem como dos pressupostos da física newtoniana, fortaleceram a investigação sobre a natureza. Com o progresso tecnológico e intelectual, foi possível libertar o homem da estagnação obscurantista, e reaver o tempo perdido.
A rápida expansão cientificista, porém, nos ofuscara a crítica, e o crescimento informacional absurdo reduzira ainda mais o campo das averiguações. Cada qual trabalhando isoladamente, envolto em seu objeto, perdera de vista os efeitos em escala global. A síntese fora execrada e o reducionismo tornou-se a lei. Os problemas mundiais pareciam agora insolúveis, vistos de maneira elementar. A ciência já não poderia conter o expansionismo, e num interessante revés, libertos do medo mágico, tornamo-nos vítimas de uma nova armadilha: o progresso da dominação técnica. A indústria cultural utilizara-se dos recursos provenientes do desenvolvimento científico para alienar as massas, e assim o crescimento econômico capitalista juntara-se à ciência com o mesmo intuito de controlar e expandir-se ainda mais. Paralelamente, numa tentativa funesta, cindimos homem e natureza, posicionando-nos contra o espírito ecológico, inimigo da evolução desenfreada:

“Tendo dominado o ambiente ecológico, parece que o homem deslocou as questões de sua sobrevivência para o plano das relações com seus semelhantes. E aí também parece que a contribuição das ciências não tem sido suficientes ou adequadas para afastar de nossa civilização o risco real de sua própria extinção” (Vasconcellos, 2002, pág.17).

As guerras mundiais, o nazismo e o stalinismo nos provaram uma falha gravíssima no racionalismo iluminista. Que luzes se não a de canhões e de tiros alvejando pelo ar? Que glórias senão a de uma vitória sobre a natureza e, portanto, sobre nós mesmos? A razão, o logos, outrora nosso mártir, nos traíra. Lá estava agora a fundamentar a luta entre povos inteiros, em prol de uma “verdade universal”.
A guerra fria e a corrida espacial nos trouxera o estranho paradoxo do homem na lua, envolto pelo sonho de uma civilização inter-estelar, enquanto a humanidade terrena lograva libertar-se da extinção unânime, presa de uma decisão internacional tão fria quanto o aço das indústrias.
Mas a simples queda do muro de Berlim não fora o suficiente para instaurar a paz. A ameaça persistira, e nos atuais conflitos entre ocidente e oriente, reside o perigo de novas perdas.
Por de trás da guerra, há sempre o cientificismo, a fornecer-lhe o combustível necessário. O reducionismo das teorias atingira o pensamento das massas, e hoje nos sentimos separados de todo o resto. A fragmentação do método levou à fragmentação humana, e a indução gerou o nacionalismo pretensioso, disposto a universalizar-se como verdade de todos, tal qual desejam os EUA.
O tempo, todavia, reservara-nos surpresas insuspeitadas. A história, como que girando sobre si mesma, resgatara a visão de mundo totalizante, não mais ancorada no medievalismo dogmático, mas no convés da própria ciência. Assim, o que seria apenas uma grave mudança no pensamento científico, tornou-se verdadeira revolução na maneira como compreendemo-nos a nós mesmos em relação à natureza. Vejamos a seguir.

1.1. O conceito de paradigma e as descobertas da física moderna

De acordo com o filósofo Thomas Kuhn, a ciência não segue um progresso contínuo e ininterrupto. Seu desenvolvimento se dá através de “saltos” ou revoluções que determinam paradigmas específicos, os quais delineiam toda a série de pesquisas em um dado momento histórico (Khun, 1970). O termo paradigma vem do grego (paradeigma) e significa “Padrão”. Este forma não só um modelo sob o qual os pesquisadores estruturam suas hipóteses de trabalho, mas também toda uma modalidade de pensamento sócio-cultural, que perdura mais ou menos tempo, até finalmente tornar-se um entrave. Khun define os paradigmas como estruturas conceituais e temporais implícitas nas teorias científicas, por representarem toda uma forma de compreensão e raciocínio, subjacente às pesquisas.
Atualmente, ao que parece, como quando da renascença e da revolução copérnica, uma profunda mudança paradigmática vem afetando inúmeros setores. A insuficiência e limitação do reducionismo têm-se mostrado mais claras, no que tange a uma série de fatores, inabordáveis de um ponto de vista fragmentário ou indutivo. Como afirmara o biofísico Ludwig Von Bertalanffy:

“Podemos afiançar, como característica da ciência moderna, que o plano das unidades isoláveis agindo numa causalidade de um sentido revelou-se insuficiente. Daí o aparecimento, em todos os campos da ciência, de noções como totalidade, holismo, organísmico, gestalt, etc; todos os quais significam que, em última instância, precisamos pensar em função de sistemas de elementos em mútua interação” (Bertalanffy, 1997).

A fenomenologia, e principalmente a abordagem sistêmica, nos mostraram que o todo possui uma dinâmica própria, diferentemente da simples soma de suas partes. As pesquisas em Cibernética, psicologia da Gestalt, e as descobertas da física moderna nos trouxeram de volta a uma noção de mundo totalizante. Os instrumentos, cada vez mais precisos, descobriram o que o universo não era: as leis de Newton provaram ser aproximadamente verdadeiras. O universo tido com algo facilmente compreensível e realmente bastante simples, de repente revelou-se aos físicos, um tanto mais estranho e complexo do que imaginavam. Conquanto uma grande parte das contribuições trazidas pela teoria clássica tenha se mantido, a visão de mundo reducionista mostrara-se incapaz de fornecer uma melhor descrição da realidade. Destarte, a física passara, aos poucos, de um ponto de vista fragmentário, para a idéia cada vez mais próxima de um universo dinâmico, em que os elementos interagem, de modo a originar um todo:

“A concepção do universo como uma rede interligada de relações é um dos dois temas tratados com maior freqüência na física moderna. O outro tema é a compreensão de que a rede cósmica é intrinsecamente dinâmica [...]. As propriedades de seus modelos básicos, as partículas subatômicas, só podem ser entendidas num contexto dinâmico, em termos de movimento, interação e transformação (Capra, 1987, pág. 82).

Essa importante descoberta derivara de outras constatações não menos cruciais, como o princípio da incerteza, atribuído à Heinsenberg. Ao estudarem partículas ínfimas como os átomos, os físicos depararam-se com paradoxos que não conseguiam resolver de maneira objetiva, ao mesmo tempo em que não viam como atribuí-los à própria natureza. Cada vez que procuravam descrever o movimento de uma partícula, o faziam de maneira oposta, o que levou Heinsenberg à conclusão de que é impossível separar sujeito e objeto, contrariando a clássica divisão cartesiana. A mente do observador influi na concepção que se tem da partícula, e a altera indefinidamente. Não haveria, então, como definir de modo exato o movimento de um elétron, por exemplo, que ora pode se manifestar como onda, para noutro instante manifestar-se como partícula, de fato:

“Se formulo uma pergunta sobre a partícula, ele [o elétron] me dá uma resposta sobre a partícula; se faço uma pergunta sobre a onda, ele me dá uma resposta sobre a onda. O elétron não possui propriedades objetivas independentes da minha mente. Na física atômica, não pode mais ser mantida a nítida divisão cartesiana entre matéria e mente, entre o observado e o observador. Nunca podemos falar sobre a natureza sem, ao mesmo tempo, falarmos sobre nós mesmos.” (Capra, 1987, pág. 81).

A história nos pregara uma peça: a exploração do meio ambiente “em nome da ciência” provou ser uma das nossas maiores mentiras! O observador influencia sempre, e modifica também o observado. O universo e seus habitantes estão inextricavelmente ligados num todo: tudo é relacionado. A separação entre homem e meio ambiente é uma ilusão que criamos a nós próprios! Nenhum cientista encontra-se inteiramente livre de responsabilidades pelas experiências que efetua, e a idéia de neutralidade, presente na ciência oficial, tornou-se um mito:

“Ao transcender a divisão cartesiana, a física moderna não só invalidou o ideal clássico de uma descrição objetiva da natureza, mas também desafiou o mito da ciência isenta de valores. Os modelos que os cientistas observam na natureza, estão intimamente relacionados com os modelos em sua mente – com seus conceitos, pensamentos e valores. Assim, os resultados científicos que eles e as aplicações tecnológicas que investigam serão condicionados por sua estrutura mental. Embora muitas de suas detalhadas pesquisas não dependam explicitamente do seu sistema de valores, o paradigma maior dentro do qual essas pesquisas são levadas a efeito nunca está isento de valores. Portanto, os cientistas são responsáveis por suas pesquisas, intelectual e moralmente.” (Capra, 1987, pág.82).

As pesquisas subseqüentes, e as teorias de físicos renomados como Niels Bohr e Max Plank, demonstraram a insuficiência dos postulados anteriores, e a necessidade de se observar um sistema, não mais em termos de partes independentes, mas de uma visão da totalidade. Questões como o princípio da causalidade, a noção espaço-temporal, o conceito de matéria e energia, a concepção de mundo mecânica e fragmentária, a redução dos fenômenos a processos meramente quantitativos e mesmo a cisão entre sujeito e objeto tiveram de ser repensadas.
Os físicos perceberam que não havia como oferecer uma descrição exata e objetiva dos fenômenos de que estavam tratando. Era preciso contentar-se com modelos hipotéticos, sabendo que representavam meramente um mapa, e não o território em si. A ciência tradicional tornou-se “inadequada para lidarmos com situações complexas, instáveis, que exigem que reconheçamos nossa própria participação no curso dos acontecimentos” (Vasconcellos, 2002, pág.22).
A revolução da física quântica nos trouxe assim, de volta a profundas reflexões sobre o alcance do método científico. Até que ponto o modelo newtoniano oferece uma base segura às várias disciplinas e quais os limites dessa visão para com a ciência em geral? Visto que uma considerável parcela mantém-se ainda estruturada conforme o ponto de vista newtoniano, quais as limitações que se apresentam, nos respectivos contextos? Em suas obras, Capra tem tratado dessas repercussões, e seus estudos revelam uma deficiência tão grande quanto à encontrada na física clássica.

“Estou afirmando que estamos em meio a uma mudança de paradigma; o velho paradigma é a visão de mundo cartesiana, newtoniana, a visão de mundo mecanicista. O novo paradigma é o holístico, a visão de mundo ecológica. Precisamos dessa mudança de percepção. Nossa sociedade, nossas corporações, nossa economia, nossa tecnologia, nossa política, estão todas estruturadas de acordo com o velho paradigma cartesiano. Precisamos de mudança” (Wilber. pág.225).

sábado, agosto 13, 2005

Filosofia da Informação

Que nós vivemos na era da informação disto não há como negar. A velocidade com que as informações são veiculadas e de forma variada nos maiores meios de comunicação é de se espantar. Além do radio e a televisãotemos a internet para dar maior dinamica a esse processo. Porém a questão aqui é o filtro dessas informações. Há uma procura desenfreada por aquilo que se deseja mas não há filtros para toda essa informação. Já vimos o fim da metafisíca e o hoje vemos o fim da ética, os pilares da filosofia se corrompem a cada seculo. O que temos visto é uma retomada da hermeneutica e da filosofia da linguagem. A preocupação hoje é sobre o que absorvemos da massicassão de informação global? Perguntam os homens: Será utli a mim isto? Ao inves de : Isto é certo saber? Precisamos resgatar a logica para resgatar a ética. O papel da logica na linguagem é decifrar tudo aquilo que está sendo aceito e consumido pela conteporaneidade. Mas a velocidade da informação é muito maior que a velocidade do raciocinio humano. Quem raciocina, para pra pensar. Quem parar é ultrapassado. Por isso a maioria das pessoas agem por impulsos. para não ficarem para tras. Talvez se tivessemos um codigo de ética que filtrasse logicamente correto todo tipo de informação, chegaria ate nós somente boas informações. Porém cairiamos numa ditadura. Então o que fazer? O que procurar saber? O que pensar? Precisamos da filosofia da informação antes de qualquer coisa, para não vermos o fim da ética, da metafisica e consequentemente da filosofia. Este post pertence à: http://filosofialogica.blogspot.com

sexta-feira, julho 29, 2005

Apenas um adendo

"(...)Considerando a angustia e o desespero que nos aterrorizam ante o fluir de nossa vida, diz que ficamos suspensos, prisioneiros do nada e vem-nos o sentimento de indiferença e de tédio. Mas esses sentimentos podem constituir uma passagem da existência falsa para a autêntica. A esperança não floresce senão sobre o solo do desespero.(...)" Gabriel Marcel

"(...) A liberdade do homem está na escolha entre dois aspectos de existência:
a Falsa e a Autêntica. A existência falsa é a dos homens que estão perdidos no mundo, na vida cotidiana, daqueles que se concentram sobre os objetos deste mundo, que condicionam sua felicidade num mundo que é uma realidade vazia de sentido. Só tecnicamnete ultilizável. Cabe ao homem fugir deste estado e passar para a existência autêntica que é um ultrapassar constante daquilo que se é. É realizar-se. Só se existe pela livre realização de um mais ser.(...)"
Jean Paul Sartre

sábado, junho 11, 2005

Mundo

Diário do Capitão - Data Estelar - 20051604

Aqui estou novamente, pensativo e de certa forma, melancôlico.
Desta vez vou escrever sobre algo que estou a analizar há um bom tempo.
Quantos mundos existem nesse mundo em que vivemos?
Não estou falando de Matrix ou 13° andar (diga-se de passagem, ótimos filmes), isso não tem nada a ver com eles. Não estou falando de uma ficção existencial ou mesmo, tendo uma crise existêncial (o que é comum a muito estudante de filosofia). Estou falando de realidades que compõe esse mundo em que vivemos. Estou falando de várias variáveis (que é o nome de música de uma banda de rock dos anos 80. Sinto uma nostalgia tremenda ao lembrar dessa década, um saudosismo pulsante, percorre cada veia e artéria de meu corpo no momento em que penso como era feliz e não sabia. Aquele era um mundo em que seria interessante reviver, e se fosse com a cabeça que tenho hoje, muita coisa seria diferente, mas como disse, isso não é uma crise existêncial, então sigamos em frente), que fazem esse mundo ser de maneiras diversas para todo tipo de gente.
Numa aula da semana passada, começamos a falar sobre Leibniz (filósofo moderno, matemático também) que escreveu sobre muita coisa, mas o interessante agora, é que ele, num desse escritos, disse que esse mundo era o melhor entre os mundos possíveis. Para Leibniz, Deus criou esse mundo com tudo de bom, muitos perguntaram por que existem coisas más e ele disse que essa maldade é a menor possível. Interessante esse ponto de vista, mas contraditório. Sendo Deus perfeito, que criou um mundo perfeito, por que cria um ser imperfeito (nós) capaz de fazer maldades? Que Deus sacana é esse(Isso não é um desabafo ou reclamação de um ateu obsecado em falar mal de Alguém que (para ele) não existe, aliás, acredito em Deus, sou cristão, fransciscano e minha crença é muito bem resolvida, não tenho problemas quanto a isso)?
Existem muitos mundos. Aquele no qual eu vivo e no qual você (que está lendo) vive. Um camarada que tem pai, mãe, irmãs, irmãos, que tem uma vida cheia de altos e baixos, mas que tem uma familia e amigos, vive num mundo diferente daquele camarada que se ferra deste pequeno, que aprende a não acreditar em todos que passam por sua vida, esse aprende que a lei do mundo, da selva, é a lei do mais forte e mais esperto, cada um por si e Deus por todos (as vezes nem Deus). Aquele que vive com a familia, aprende essa lei também, mas sabe que existe no mundo, pessoas em que pode confiar. O mais interessante, é que esses dois mundos, existem de verdade, há muita gente safada por ai, mas há gente integra também e todos tem o direito de acreditar que seu mundo é o verdadeiro. Aquele que vive entre as cobras, acha que o que vive entre pessoas "confiáveis", é um inocente bobo e fraco e o outro, acha que esse é um pessimista que só sabe reclamar. É pertinente ressaltar mais uma coisa. O mundo interfere sim na conduta do indivíduo, mas isso não ocorre em 100% dos casos, já conheci "neguim" que se ferra e é muito gente boa e otimista, enquanto aquele que recebe carinho e atênção, é um grande filho da P...
Mundos e mundos, qual você vive? Existem muitos outros, mas o importante é todos viverem da melhor maneira possível em seu mundo.
Carpe diem para todos e memento mori também.

quarta-feira, maio 25, 2005

Existo, sinto logo Penso!

Seria então o cogito de Descartes uma espécie de falsidade ideológica? Esta é a pergunta que em maior freqüência escuto após o artigo sobre a “A Razão Pura não existe”. Mas a exaltação cartesiana na razão construiu as bases para o pensamento moderno, e foi no dualismo mente corpo que o abismo se tornou maior, pois a mente, ou seja, o pensar foi concebido como uma atividade fora do corpo. Desse modo se para pensar e tomar decisões corretas seria preciso manter a cabeça fria e afastar todos os sentimentos e emoções? Errado! Descarte deveria ter que dizer: ”Existo, sinto logo penso”.E a grande parte dos seus problemas não resolvidos, dentre eles o seu Inatismo tanto combatido não teriam existido. Vejamos melhor, a razão como capacidade humana de pensar seria a responsável pelo pensar o certo e/ou o errado? Vimos nos artigos anteriores que a faculdade da razão foi transformada em uma convenção de associação de idéias realizadas na memória humana. Vimos também que a memória é adquirida só após ter se passado pela experiência, pois esta é que lhe dará a lembrança de algo. Estamos falando aqui de todo e qualquer tipo de lembranças, pois sabemos hoje que o próprio DNA contém lembrança e esta depois vai acarretar no diz respeito ao conhecimento a priori. Mas no atenhamo-nos ao assunto agora. Após passar pela experiência o individuo reconhecerá o certo e/ou o errado na próxima situação. Tenhamos que afirmar assim como o grandioso Aristóteles em Ética a Nicômaco que a virtude, ou melhor, decisão pelo certo ou errado se dá através da percepção e não pela razão. Segundo ele você deve observar a situação, agir sentindo o que certo ou errado e depois deliberar sobre o acontecimento. Então antes da razão a decisão passa pelos sentidos, devemos sentir. Ação contraria a frieza intelectual dos racionalistas. Meus caros colegas, o fato que estamos falando aqui é : Pensar é unir os sentidos e interpretar os sentimentos. Analisemos os grandes gênios e suas aptidões para o que é belo, para as artes, musica ou seja, para o lado emocional, veremos que todos tinham fortes inclinações emocionais. Portanto a razão não é mais tão pura como pensávamos, agora amigos vocês sabem que não devem ser tão frios e racionais perante a vida, e que filosofar e saber olhar com os olhos do coração também. Um abraço a todos, e em especial a Jorge Rosa por ter me adicionado em seu site “Caderno de Filosofia”. Obrigado pelos elogios, sua pagina também é maravilhosa, imperdível para os estudantes de Filosofia. Até a próxima!

sexta-feira, abril 15, 2005

“Ai, o tempo dos pensadores parece já ter passado”

Com essa frase, Kierkegaard faz uma crítica aguda aos pretensos pensadores de sua época e deixa claro que não queria colecionar muitos amigos, mas sim encontrar o caminho (pois a verdade era um caminho) para explicar o que era o amor, ou melhor, o elogio ao amor (o estádio religioso, declarado, falando de Deus, é claro). Já naquela época ele se incomodava com as respostas instantâneas dos pensadores, que mais pareciam cientistas. A reflexão, a calma, a paciência, a dedicação ao objeto de estudo estavam já há muito perdidas. É, ele realmente foi um Pensador, e ele sim, com “P” maiúsculo.

quarta-feira, abril 13, 2005

A escolha

A grande questão é essa, a escolha, mas não uma escolha regrada, refletida, pensada, não uma escolha que precise de critérios, mas apenas uma escolha por si, uma escolha, se me permitem, na essência, mas uma essência subjetiva. O importante, na estética Kierkegaardiana não está no critério, ou na razão da escolha, mas sim, no “poder” de se poder escolher. Portanto meus caros, não está em Kierkegaard, não na estética, a razão, a medida ou mesmo o critério filosófico. Daí o fato pelo qual ele trabalha com três estádios, o estético, o ético e o religioso, nesta ordem. E o primeiro, que no momento me é interessante por eu poder enxergar nele um certo ar do Jardim de Epicuro. Arrisco-me a dizer que Kierkegaard leu a obra de Epicuro e dela retirou, se não parte, uma grande influência para fundamentar o seu estádio estético.

segunda-feira, abril 04, 2005

A utilidade do "rabo preso"

*artigo publicado no meu blog e neste na mesma data*

Enquanto isso, há uma comoção mundial, e ao mesmo tempo uma temerária expectativa. Momento muito propício para relembrar a teoria do “rabo preso” de David Hume, claro que ele preferia chamar de utilitarismo, este sempre enaltecido pela benevolência, mas para mim, prefiro mesmo a classificação de rabo preso. Amigos, confiem em mim, como vai ter gente nova aparecendo e querendo ser útil neste momento histórico pelo qual estamos passando.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Caros companheiro de classe

Estamos em contagem regressiva para o recomeço de mais um período, período esse que creio, irá dar pano para manga e cortará muita gente. Cada período adiante, ficará mais difícil.
Quem já leu ou está lendo os livros pedidos levantem a mão, no meu caso vou continuar teclando e manter minhas mão abaixadas, mas isso não me assusta.

Mais um ano começa, mas acho interessante pensar também que mais um ano se foi e assim vai nossa vida, com começos e fins, as vezes sem meios.

Um abraço a todos e com saudades eu ja espero voltar ao convívio com aqueles que buscam a verdade.

terça-feira, dezembro 14, 2004

A Razão pura não existe!

Oi amigos, bom, mais uma vez estou aqui com um tema polêmico. Desculpas pelo titulo meio apoético mais é de suma veracidade e relevância o tema que iremos tratar aqui. Nós pensamos o sentido como algo ocorrendo em nossa mente. A concepção do sentido como um fenômeno mental que é de alguma maneira intransferível, que é de alguma maneira da esfera do privado. Pensamos primeiramente na capacidade de abstrair os significados das coisas. Como armazenar coisas num HDde computador. Este HD seria o inconsciente lingüístico. Você pode encontrar uma série de exemplos disto no primeiro capitulo de investigações filosóficas de Wittgenstein. Então exercer a linguagem no âmbito social seria antes de qualquer coisa, contar e associar as coisas em suas tabelas de significação. A significação é o domínio de uma técnica e esta não tem nada de mental, ela é absolutamente objetiva e além de objetiva agora antes de mais nada ele é social. Ele depende de uma serie de regras que são abordadas socialmente e controladas. A significação e algo que não possa ocorrer dentro de mim, na minha mente. E não ocorre em meu sujeito isoladamente do mundo projetando para o resto do mundo as suas significações. Não é algo que pode ocorrer em apenas alguns de nós, mas é algo que só pode ocorrer entre nós. É algo só pode estar baseado no acordo que todos nós fizemos para a utilização das palavras em sinais sonoros ou escritos. A razão, portanto, não é algo que possa ser fundada no sujeito, não é algo que possa ser extraída de um sujeito que pensa sozinho no mundo. A razão é agora um jogo social. Ela é fruto de nossas convenções. Mas não negaremos a existência de uma dimensão subjetiva no homem. Por isso estamos rompendo com a concepção que nos acompanha desde Descartes que a razão que pode encontrar no individuo ou mais especificamente na mente humana o seu fundamento ultimo. É nesta dimensão que colocaremos o social, ou o acordo entre as pessoas substituindo as intenções e projeções de um sujeito onipotente, um sujeito que por capaz de si só pode por em funcionamento a maquina da linguagem, ou por em funcionamento a maquina da razão. E não há nenhum ponto anterior que possa por estas convenções em movimento, elas são a origem do movimento. Otto Weininger foi um homem que influenciou toda a Viena na época de Wittgenstein com um livro chamado Sexo e Caráter, onde ele afirma que a marca característica do gênio é a lembrança universal de todas as suas experiências. Por meio da lembrança, a experiência vivida torna-se atemporal. A memória transcende o tempo. E somente aquilo que transcende o tempo é que interessa ao individuo, aquilo que tem significado para ele, em suma, aquilo a que ele dá valor. É o valor que cria a atemporalidade. Assim, o gênio é o único homem atemporal. Com desejo apaixonado e urgente pela atemporalidade, ele é o homem com maior desejo pelo valor. Portanto tudo leva a ver que o gênio não vive isolado do resto do mundo, ninguém aprende sozinho ou pode abstrair coisas do nada, a razão a priori não existe. E de um modo simplificado poderíamos dizer a todos que a razão só existe depois da linguagem e seu bem supremo é a memória. Então eu lhes deixo com uma pergunta no ar, só para ver se vocês pegaram:
E qual é a finalidade última da memória?
Um abraço a todos!

terça-feira, novembro 30, 2004

O Esteta versus O Hedonista

Tendo em vista a apreensão do termo esteta na obra de Kierkegaard, eu escrevo este ensaio para levantar uma pergunta a todos: o esteta é um hedonista? Ora, se o é, qual é a diferença entre a estética e o hedonismo, e se não o é, a diferença encontra-se apenas na questão da escolha, ou ainda reside em algum critério moral? Fiquei realmente em dúvida quando percebi que para algumas interpretações, podemos facilmente entrar em conflito ao usarmos um termo querendo nos referir ao outro. Portanto, meus amigos, peço-lhes ajuda com esta questão que me apareceu agora à noite e que insiste em martelar o cérebro.

Creio, ou suponho crer (mesmo sendo ateu) que o hedonismo tinha como pano de fundo a sociedade grega da época de Epicuro, o que me basta para diferenciá-la da estética de Kierkegaard; porém, os gregos não tinham concepções religiosas tão bem fundadas (?) como no século XIX, daí, o conceito de subjetividade (ainda em Kierkegaard) fazer a diferença, pois se os dois conceitos visam a um prazer (pelo que me parece) comum, só os vamos diferenciar exatamente pela questão moral, pois o esteta kierkegaardiano é um homem só, subjetivo, quer o seu prazer sem escolha e apenas para si e por si mesmo (arriscando-me muito no termo "por si"), já na Grécia antiga, sabemos que não existia este conceito de subjetividade, mas sim de coletividade, mesmo falando de moral. Bem, a questão está aberta a discussões.

sexta-feira, novembro 19, 2004

A nova Hermenêutica da Caverna

Parece que para a insatisfação dos professores de filosofia a Caverna de Platão recebeu uma nova interpretação, porém mais contextualiazada. Através de pesquisadores da UFMG na Alegoria da Caverna de Platão o sentido da metafóra tem mais a ver com o fato do orfismo, berço do espiritismo. O "sair da caverna" é sair do corpo, desencarnar. Ver o mundo que não se consegue ver é ver o mundo espiritual. A luz que cega vinda da fogueira e que está na porta da caverna é a misteriosda luz que se vê entre a passagem desse mundo para o outro. E não conseguir comunicar o mundo existente lá fora para os homens de dentro da caverna é o mito da reminiscência, ou seja, o homem ao voltar para seu corpo ele esquece tudo. Portanto nessa Hermenêutica a Caverna nada masi é que o corpo-humano. Platão recebeu fortissima influêcia dos Pitágoricos e herdou como consequência o Orfismo que acredita na reencarnação e na vida pos-mortem. E toda aquela antiga interpretação de se atingir a sabedoria suprema o Nous era só uma intrpretação pessoal que os filosofos queriam escutar. Platão talvez quizesse comunicar suas experiêcias no mundo espiritual e porém não podia falar abertamente pelo medo de morrer como corrompidor da juventude como Sócrates. Então como belo escritor usou de seus recursos literários para se falar da experiência. Assim como no Brasil na Ditadura e os Tropicalistas. Será então que Platão viajou fora de seu corpo? Será que Platão tinha conciência da vida espiritual, do mundo das almas?
Será?

terça-feira, novembro 16, 2004

Ignorância

Como começar falando sobre algo que eu mesmo abomino?
Sendo bem direto talvez seja uma boa idéia.
A ignorância é uma das responsáveis pelo mal andamento do mundo, digo isso pelos seguintes motivos: O ser humano critica e repudia aquilo que não entende ou não conhece.
O ser humano caçoa e maltrata aqueles que não estão do mesmo lado.
O ser humano não se importa com aquilo que não lhe diz respeito.
O ser humano acredita que ao estar em melhor posição, os outros são meros coadjuvantes.
O ser humano não respeita aquele que não compartilha de sua opinião.
O ser humano é intolerante com tudo que lhe chateia.
O ser humano não procura saber as verdadeiras razões de tudo que acontece.
Existe mais situações, mas deixarei só essas. Por enquanto.
Alguns devem estar se perguntando se sou um revoltado ou se detesto a raça humana.
A questão é, estou simplesmente escrevendo o que vejo.
O homem é um ser extraordinário, com capacidade de fazer tudo o que quizer. É um ser dotado de uma conceitualização formidavel, seguida de um entendimento sem precedentes.
Não estou escrevendo para difamar a humanidade, estou escrevendo sobre um de seus males, posteriormente escreverei sobre seus bens.
A ignorância nasce de diversos aspectos, como o desconhecimento e a brutalidade.
Quando não se tem conhecimento de algo, o ignorante começa a falar bobeira.
Quando uma conversa se torna acalorada, o ignorante começa a xingar e gritar.
A razão some e o que sobra é algo vergonhoso e monstruoso as vezes.

domingo, outubro 31, 2004

Para além do campo visual

*Artigo publicado no meu blog em 15 de Maio de 2004*


Procuro sim a satisfação momentânea, imediata; porém quero além do agora, o amanhã, quero acordar e ter para onde e para quem olhar. A fruição exagerada tem lá suas vantagens, mas creio que também posso encontrar a felicidade na temperança e com isso mais uma vez volto no ponto e na questão da prudência, essa tão falada e tão pouco conhecida, empiricamente falando. Eu que tendo a ser existencialista, volta e meia vejo-me com esses problemas, essa questão que teima em ser sempre proposta, uma quase indecente proposta. E agora?! Viver é mesmo complicado, pior ainda desesperadamente, não é mesmo caro amigo?

quinta-feira, outubro 28, 2004

Místico?

Místicos ou Filósofos?


Parece que o Sr. Bertrand Russel em seu livro "Significado e Verdade", no cap.XXV pág 301 acredita pensar que existem três tipos de Filósofos:A- Os que inferem propriedades do mundo a partir de propriedades da linguagem. estes formam um grupo muito ilustre que inclui Parmênides, Platão, Spinoza, Leibniz, Hegel e Bradley.B- Os que sustentam que o conhecimento é apenas de palavras. Entre estes estão os nominalistas e alguns positivistas lógicos.C- Os que sustentam que há conhecimento não exprimivel em palavras, e usam palavras para dizer-nos o que é esse conhecimento. Entre este incluem os místicos Bergson e Wittgenstein , além de certos aspectos de Hegel e Bradley.Segundo Russel: O segundo deste três grupos malogra pelo fato empírico de que este não é um fato verbal, embora seja indispensável aos verbalistas. O terceiro, dos místicos, pode ser rejeitado como autocontraditorio. Russel só tira proveito do primeiro grupo onde ele acredita haver uma correspondencia da verdade. Bom mas como Russel pode ser tão pretencioso em afirmar que não se pode tirar verdades daquilo que é inexprimivel?Digamos que a Ética e a Metafísica são inexprimivel pois estas só podem ser mostradas e não ditas segundo a lógica do Tractatus. Ou seja se cairmos na ilusão de dizer o que é a essencia das coisas, das palavras e do comportamneto falhamos na medida em que estas estão "presas' ao eu transcendental (diferente de Freud; pseudo-eu) ao mundo como representação, à existência (Dasein), a razão Pura (conhecimento a priori do mundo). Podemos sobre esta ótica apenas de-monstrar o ponto observavel que nos foi empiricamente dado. E não dizer o inexprimivel, aquilo que não pode ser dito. Então se somos classificados como místicos devo me calar para a filosofia e contemplar o belo silêncio da minha total ignorância.

sábado, outubro 23, 2004

Ensaio sobre a fé

Primeiro Tomo


Um homem, ao nascer, adquire algumas habilidades que ninguém mais as pode retirar, salvo se o matar. Dentre essas habilidades, está o instinto, que neste momento, é o que impera, pois ele, o homem ainda não foi inserido numa cultura predominante.Esse inatismo é predominante até que o processo cultural seja estabelecido, mas o que importa neste ensaio é o fato de se poder perceber que as aptidões racionais humanas já nascem conosco, como a luta pela sobrevivência, e neste caso não se trata de uma luta contra outrem, mas sim, uma luta a favor ou pelo favor de outros, já que o homem é um dos animais mais frágeis que a natureza conhece enquanto “filhote”.

Verifica-se que o homem desde cedo precisa de alguém, e dependendo do processo ao qual fica inserido, ficará sempre preso a quem quer que seja.

Nesse estágio não existe fé, não existe uma crença em alguém ou algo no sentido religioso ou teológico, existe sim uma dependência física e que nada tem a ver com a dependência de um Deus para ser o centro de suas crenças e esperanças.

Então a fé, como muitos a praticam e conceituam atualmente advém de fatos externos e não internos, pois uma pessoa com fome não precisa de fé, mas sim de comida, e da mesma forma acontece com todas as necessidades físicas, fisiológicas e sexuais. A fé nasce dentro de um contexto social e familiar como um padrão de comportamento a ser seguido de maneira imposta, e sem qualquer possibilidade de escolha. O homem então passa a não ser mais o dono de suas necessidades e se vê como um fantoche ou como um prisioneiro dentro de seu próprio eu, sendo que essa prisão e essas cordas foram colocadas por outrem, mas sem que ele tenha se manifestado contrariamente. É nesse ponto que a fé começa a agir com mais intensidade e o homem se perde, pois se policia o tempo todo, controla-se e censura-se, uma vez que sempre há algo ou alguém dito superior que o vai julgar sobre determinados atos. O interessante é que a fé tende a agir de forma negativa e não positiva. Creio mesmo que a fé enquanto um instrumento de alívio ou bem-estar espiritual só pode ser realmente compreendida por teólogos e/ou cristãos mais ortodoxo.

Imaginemos um homem que nasce livre, escolhe e sacia todas as suas necessidades mais básicas, mas que se vê na obrigação de seguir algo que lhe é imposto e que não se pode comprovar, garantir ou provar usando argumentos racionais, lógicos, claros e objetivos.

A fé controla o homem e não o homem a fé. Fé, que traduzindo do termo latino Fides tem os seguintes significados: fé, boa fé, lealdade, sinceridade; veracidade, consciência, retidão, fidelidade, honra, dever, justiça, honestidade, integridade, probidade, dentre outros sinônimos. Logo, não há como ter a inocente impressão de a fé ser uma coisa boa em si, pois no seu significado encontramos imposições, controles, limites e arrisco-me a dizer, obrigações para seus praticantes.

terça-feira, outubro 19, 2004

Artigo Inaugural

Olá companheiros Pensadores! Vou inaugurar este espaço com um um artigo que gostei muito de escrevê-lo e que se encontra em meu blog. Trata sobre o erro dos metafísicos. Bom, os filósofos metafísicos deixaram-se enredar nas teias dos chamados “problemas filosóficos” porque se iludiram procurando descobrir a essência da linguagem, algo que estivesse oculto atrás dela. Na verdade, não existem “problemas” filosóficos, mas somente “perplexidades”. Com isso, quer dizer que de nada adianta ao filósofo tentar encontrar soluções, procurando uma suposta realidade escondida; em filosofia nada existiria de oculto e todos os dados dos chamados “problemas” estão sempre ao alcance da inteligência. Quando esses dados não possibilitam qualquer solução, se está diante de um beco sem saída, e nada mais. E mesmo para um problema pode se encontrar perfeitamente a solução; mas inquirir sobre a natureza última das coisas é colocar-se num labirinto, aparentemente sem saída. A saída, contudo, só seria possível se simplesmente se libertar da idéia que existam labirintos. E mesmo que a Metafísica esteja em nível inexprimível, transcendental onde não pode ser conhecida e nem pensada, ela não poderá também ser formulada lingüisticamente. E isto nos levará a uma séríe de outras conclusões.Analisando então sobre a ótica do modo lingüístico, podemos então afirmar,assim como Wittgenstein, que a Filosofia seria então uma crítica à linguagem. E que os filósofos o tempo todo estariam postulando coisas que estariam propositadas na própria linguagem. Esta crítica da linguagem nos mostra que só podemos levantar dúvidas onde questões autênticas possam ser formuladas; e questões autênticas só podem ser feitas quando respostas adequadas podem ser dadas; e respostas adequadas só podem ser formuladas quando algo possa ser dito. Ora, assim a metafísica será inexprimível e não poderá ser dita; portanto, nem respostas nem questões metafísicas poderiam ser formuladas. De um modo geral, a técnica cética é a mais utilizada na tradição filosófica. Esta técnica consiste em opor a dada proposição a proposição contrária, estabelecendo assim uma equipotência entre ambas. Esse procedimento se torna insolúvel a questões metafísicas ligadas àquelas proposições.O ceticismo não é irrefutável, mas um contra-senso, e ao levantar dúvidas estabelece a indecibilidade das questões metafísicas.Assim, ao aceitar que a questão metafísica possa ser expressa pela linguagem, os céticos tentariam dizer o que não poderia ser dito, e automaticamente ingressariam no domínio do contra-senso. A dúvida cética não é irrefutável porque não pode sequer ser estabelecida como dúvida. Essas considerações permitem entender por que a metafísica tradicional foi tão controvertida. Os metafísicos se disputaram interminavelmente porque, sem terem passado pela clarificação conceitual, tentaram decidir entre contra-sensos alternativos. Os céticos também padeceram sobre a falta de clareza intelectual; eles têm apenas as características especiais de construir oposições entre contra-sensos, mostrando as suas “indecibilidades”.contra-sensos, mostrando as suas “indecibilidades”. Até a proxima amigos!