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terça-feira, março 31, 2009

Entender = Concordar ???

Será que entender é o mesmo que concordar?
É possivel uma pessoa discordar sem entender?
E uma pessoa concordar sem entender, também seria possível?
Em filosofia, é preciso entender o autor antes de criticá-lo, o que às vezes não acontece num curso de filosofia. Muitos começam a discordar antes mesmo de entender completamente o que o autor está dizendo em sua obra.

Mas o que é mesmo essa coisa de entender?
E o que isso tem haver com concordar?
É preciso haver uma espécie de entrega de si ao ler um texto de um autor, compreender a sua singularidade, para então depois colocar a sua.
Bem, certa vez um aluno perguntou ao seu professor se ele conseguiria entender os motivos pelo qual está para suicidar. E se o professor o entender ele teria que concordar com o aluno que o melhor a se fazer era o suicídio, legitimando assim o ato.
Ora, o professor era contra a idéia de suicídio, mas ele conseguiu entender bem os motivos do aluno. Mesmo assim não poderia dar o aval para uma idéia dessa.
Eu vejo que para casos como este é preciso pensar bem antes de responder.
O fato é o que o aluno está demonstrando ao professor é que A+B (como um dado contexto vivído pelo aluno) é igual a AB.
E AB é igual a C, e C neste caso é o suicídio em si.
Se ele viveu o A, e em seguida o B, logo C era o resultado e assim o professor legitimaria um futuro acidente. Correto, A+B = AB, que por sua vez AB é igual a C. E que porém C não é a única "saída". AB é igual C, mas existe uma escolha entre AB ou C onde somente o sujeito pode fazer esta escolha. O que é melhor, AB ou C? Para respoder, faremos outra pergunta: O que é bom? O que mal? Pensamos diferente uns dos outros. E não sabemos se o que é bom para um também o é para outro. A escolha é subjetiva.
O indivíduo pode ser apenas AB sem que seja C, ou seja, uma espécie de escolha em viver mesmo tendo motivo lógico para o suicídio.
É possível entender racionalmente os motivos para o suicídio mas daí em concordar com o mesmo é uma particularidade do sujeito, entender a subjetividade não o mesmo que concordar com ela. Depende de uma série de valores e códigos que a pessoa adquiriu no decorrer de sua vida
Por isto a dificuldade da convivência nos dias de hoje. Temos que entender as singularidades.
Entender que cada um é cada um, e todos tem seus motivos para fazer as coisas.
Antes de concordar ou discordar é preciso entender o outro e o que ele está dizendo. Entendeu?
Agora que entenderam, deixo a vocês uma perguntinha: E todo suicídio, é lógico?

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Enquanto os tubarões comem...

Meus amigos é com imenso desprazer que deixo aqui expresso minha indignação pela péssima proposta educacional que as Secretarias do Estado de Minas Gerais veem desenvolvendo. O ensino público está piorando cada vez mais e a culpa senhores, não é dos alunos.
Bem, o nosso atual governador Sr. Aécio Neves aprovou uma lei ano passado onde os professores que estiverem em cargos designados pelo Estado seriam efetivados. Isto para demonstrar um aumento na prestações de contas do Estado. O fato é que essa Lei deveria ser caducada este ano, e nao foi. Agora os professores que foram efetivados pela Lei 100/2007 são efetivos e têm direito as vagas de designação nas escolas do estado.
O buraco maior se dá pelo fato que as aulas de Filosofia e Sociologia que segundo a Lei José de Alencar/2006 são obrigatórias nos três anos do ensino médio, estão sendo distribuídas nas Escolas para os professores efetivos.
Ou seja, em algumas escolas houve o acréscimo das disciplinas pela Lei Federal, mas ao mesmo tempo os profissionais estão lecionando com título precário, chamado CAT (Autorização Precária para Lecionar). E infelizmente com essa autorização há uma banalização onde todos aqueles que cursaram curso superior e obtém 120 horas no currículo sobre essas duas disciplinas(Filosofia e Sociologia) podem lecionar estes conteúdos. E nós profissionais da área, professores habilitados em Filosofia e Sociologia, estamos desvinculados das escolas, principalmente porque o Governo do Estado quer diminuir o custo com professores, e isso acarreta ao mesmo tempo uma qualidade educacional precária. E agora, como se não bastasse, os professores efetivos podem lecionar até três disciplinas diferentes na mesma escola, se houver vaga e se o professor tiver a autorização para lecionar estas disciplinas (olha o CAT aí de novo). Bastando apenas o professor efetivo levar seu histórico comprovando que teve pelo menos 120horas de filosofia ou sociologia no currículo, o que equivale exatamente a duas disciplinas nesse conteúdo em qualquer curso de gradução, e retirar o seu CAT para lecionar as matérias que “aumentaram” na escola. E nós, professores habilitados, só nos resta mesmo esperar. Temos que esperar que as vagas sejam preenchidas por professores NÃO HABILITADOS, e ficar olhando, para então após a festeja ignorante de acúmulos cargos, comer os restos que os tubarões deixam cair.