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terça-feira, novembro 30, 2004

O Esteta versus O Hedonista

Tendo em vista a apreensão do termo esteta na obra de Kierkegaard, eu escrevo este ensaio para levantar uma pergunta a todos: o esteta é um hedonista? Ora, se o é, qual é a diferença entre a estética e o hedonismo, e se não o é, a diferença encontra-se apenas na questão da escolha, ou ainda reside em algum critério moral? Fiquei realmente em dúvida quando percebi que para algumas interpretações, podemos facilmente entrar em conflito ao usarmos um termo querendo nos referir ao outro. Portanto, meus amigos, peço-lhes ajuda com esta questão que me apareceu agora à noite e que insiste em martelar o cérebro.

Creio, ou suponho crer (mesmo sendo ateu) que o hedonismo tinha como pano de fundo a sociedade grega da época de Epicuro, o que me basta para diferenciá-la da estética de Kierkegaard; porém, os gregos não tinham concepções religiosas tão bem fundadas (?) como no século XIX, daí, o conceito de subjetividade (ainda em Kierkegaard) fazer a diferença, pois se os dois conceitos visam a um prazer (pelo que me parece) comum, só os vamos diferenciar exatamente pela questão moral, pois o esteta kierkegaardiano é um homem só, subjetivo, quer o seu prazer sem escolha e apenas para si e por si mesmo (arriscando-me muito no termo "por si"), já na Grécia antiga, sabemos que não existia este conceito de subjetividade, mas sim de coletividade, mesmo falando de moral. Bem, a questão está aberta a discussões.

sexta-feira, novembro 19, 2004

A nova Hermenêutica da Caverna

Parece que para a insatisfação dos professores de filosofia a Caverna de Platão recebeu uma nova interpretação, porém mais contextualiazada. Através de pesquisadores da UFMG na Alegoria da Caverna de Platão o sentido da metafóra tem mais a ver com o fato do orfismo, berço do espiritismo. O "sair da caverna" é sair do corpo, desencarnar. Ver o mundo que não se consegue ver é ver o mundo espiritual. A luz que cega vinda da fogueira e que está na porta da caverna é a misteriosda luz que se vê entre a passagem desse mundo para o outro. E não conseguir comunicar o mundo existente lá fora para os homens de dentro da caverna é o mito da reminiscência, ou seja, o homem ao voltar para seu corpo ele esquece tudo. Portanto nessa Hermenêutica a Caverna nada masi é que o corpo-humano. Platão recebeu fortissima influêcia dos Pitágoricos e herdou como consequência o Orfismo que acredita na reencarnação e na vida pos-mortem. E toda aquela antiga interpretação de se atingir a sabedoria suprema o Nous era só uma intrpretação pessoal que os filosofos queriam escutar. Platão talvez quizesse comunicar suas experiêcias no mundo espiritual e porém não podia falar abertamente pelo medo de morrer como corrompidor da juventude como Sócrates. Então como belo escritor usou de seus recursos literários para se falar da experiência. Assim como no Brasil na Ditadura e os Tropicalistas. Será então que Platão viajou fora de seu corpo? Será que Platão tinha conciência da vida espiritual, do mundo das almas?
Será?

terça-feira, novembro 16, 2004

Ignorância

Como começar falando sobre algo que eu mesmo abomino?
Sendo bem direto talvez seja uma boa idéia.
A ignorância é uma das responsáveis pelo mal andamento do mundo, digo isso pelos seguintes motivos: O ser humano critica e repudia aquilo que não entende ou não conhece.
O ser humano caçoa e maltrata aqueles que não estão do mesmo lado.
O ser humano não se importa com aquilo que não lhe diz respeito.
O ser humano acredita que ao estar em melhor posição, os outros são meros coadjuvantes.
O ser humano não respeita aquele que não compartilha de sua opinião.
O ser humano é intolerante com tudo que lhe chateia.
O ser humano não procura saber as verdadeiras razões de tudo que acontece.
Existe mais situações, mas deixarei só essas. Por enquanto.
Alguns devem estar se perguntando se sou um revoltado ou se detesto a raça humana.
A questão é, estou simplesmente escrevendo o que vejo.
O homem é um ser extraordinário, com capacidade de fazer tudo o que quizer. É um ser dotado de uma conceitualização formidavel, seguida de um entendimento sem precedentes.
Não estou escrevendo para difamar a humanidade, estou escrevendo sobre um de seus males, posteriormente escreverei sobre seus bens.
A ignorância nasce de diversos aspectos, como o desconhecimento e a brutalidade.
Quando não se tem conhecimento de algo, o ignorante começa a falar bobeira.
Quando uma conversa se torna acalorada, o ignorante começa a xingar e gritar.
A razão some e o que sobra é algo vergonhoso e monstruoso as vezes.